MIE - Mestrado em Comunicação Educacional Multimédia - Universidade Aberta 2010

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tema 2 - Métodos de recolha de dados - 5ª parte

São três as questões de investigação:

1) O que pensam esses professores sobre as redes sociais a exemplo do Facebook, Myspace, Hi5, Twitter, etc?
2) Como é que vêm a sua (hipotética/real) participação numa rede social?
3) Que expectativas têm sobre o seu uso no ensino?

Entrevista proposta pelo grupo Metódicos

Tema 2 - Métodos de recolha de dados


Participação individual na wiki de grupo (Metódicos)
Análise em equipa sobre a utilização do questionário como método de recolha de dados

1 - Métodos quantitativos
Os métodos quantitativos são utilizados nas ciências sociais no âmbito da investigação empírica. Permitem recolher e tratar os dados/ informação de forma mensurável. As tabelas, as estatísticas e os gráficos, são exemplos de instrumentos utilizados nestes métodos para a apresentação dos resultados.
A medição é uma característica da pesquisa quantitativa que possibilita a interacção entre o que é empírico e a “expressão matemática das relações quantitativas”.
Na educação utilizam-se os métodos quantitativos juntamente com os métodos qualitativos. Esta associação contribui para uma maior compreensão dos fenómenos estudados.
O questionário é um dos instrumentos muito utilizados na investigação em educação que contribui para a “expressão precisa de ideias qualitativas” (1).

2 O questionário: conceito e enquadramento
Para Fortin (1999) o questionário é “um método de recolha de dados, junto dos indivíduos sobre factos, ideias, comportamentos, preferências, sentimentos, expectativas e atitudes”.
Este método exige uma resposta por escrito a questões que são colocadas aos sujeitos. Normalmente é preenchido sem assistência.” É um instrumento de medida que traduz os objectivos de um estudo com variáveis mensuráveis” Fortin (1999).

Para Pardal & Correia (1995), o questionário é um conjunto de questões estruturadas com o fim de obter dados das pessoas a quem se dirige. O questionário pode ser de administração directa quando é o próprio inquirido a registar as opções de resposta e de administração indirecta, quando é o próprio investigador (ou inquiridor) que preenche em função das respostas dadas pelo respondente.
O conteúdo do questionário deve incidir no objectivo e nas questões de investigação delineadas e deve abordar apenas os dados necessários.

3 - Elaboração do questionário
Na elaboração do questionário deve ter-se em consideração as seguintes etapas:

· Delimitar a informação pertinente a escolher - objectivos a que se destina e a entidade que o promove, neste caso o investigador(es); determinação da finalidade do questionário; constituição de categorias; precisão dos temas e dimensão; a extensão deve ter em atenção o público alvo, geralmente o seu preenchimento não deve ultrapassar 45 minutos, sob pena de os inquiridos dispersarem a sua atenção e concentração;

· Formular as questões - escolher o tipo de questões (escolha fixa, de resposta livre, de facto ou de opinião, directas ou indirectas (associativas ou projectivas) podendo ser misto); têm de ser claras e compreendidas pelos inquiridos, o vocabulário usado deve ser do conhecimento do inquirido e dominado pelo mesmo, não podem ser enviesadas; devem ter apenas uma ideia e não devem sugerir respostas desejáveis; não se deve incluir apenas duas questões numa só (double-barrelled questions), pois pode levar a respostas induzidas ou nem sempre relevantes, além de não ser possível determinar qual das “questões” foi respondida, aquando o tratamento da informação; devem ter frases curtas, não conter palavras de duplo sentido, nem expressões negativas nem serem tendenciosas; não devem ter repetições; nas mais sensíveis, de natureza ideológica, religiosa, política e outras, deve escrever-se um parágrafo introdutório para preparar o inquirido da mudança de plano, para mais íntimo;

· Sequenciar as questões e formatar - devem ser sequenciais; considerar que a ordem pode ter influência para quem responde; agrupar as questões relativas ao mesmo tema; colocar no início questões de âmbito geral e que suscitam maior interesse e depois as específicas; os dados biográficos dos inquiridos podem ser registados no início ou no fim do questionário; as primeiras questões devem ser simples e objectivas evoluindo à medida do questionário para questões mais íntimas e mais complexas; colocar no final as questões de resposta aberta; a disposição das questões e a apresentação devem ser tomadas em consideração (o aspecto gráfico deve ser cuidado quanto à estrutura e forma);

· Rever o esboço do questionário - aplicar o guia de revisão das questões; submeter a apreciação critica;

· Efectuar o pré-teste - testar através de um pré-teste a eficácia e pertinência do questionário junto de uma amostra que reflicta a população visada, antes de se aplicar o questionário. O objectivo do pré-teste consiste em determinar e corrigir, omissões e equívocos do questionário;

· Redigir a introdução e instruções - indicar o objectivo, o tempo requerido, os autores da investigação e as instruções de preenchimento.


Resumindo, o investigador na elaboração do questionário deverá respeitar os seguintes pontos:
Princípio da Neutralidade (libertar o inquirido do referencial de juízos de valor ou do preconceito do próprio autor).
Princípio da Coerência (respostas coerentes com intenção da própria pergunta);

Princípio da Clareza (questões claras, concisas e unívocas);


4 - Tipos de questões
O questionário pode apresentar diversos níveis de estruturação: com questões fechadas em que o indivíduo é submetido a escolhas de respostas possíveis; e com questões abertas que possibilitam aos indivíduos darem as suas respostas.
4 .1 Questões fechadas
O inquirido apenas pode assinalar a resposta(s) perante as várias opções que lhe são apresentadas. Deste modo, o inquirido terá de identificar a resposta que pretende dar, dentro as opções facultadas.

Categorias :
• Questões de resposta única;
• Questões de resposta múltipla;
• Questões de escala.
As questões de resposta fechada têm a vantagem do tratamento dos resultados ser facilitado pela codificação e normalização da informação. A limitação de um questionário que apenas seja formado por questões fechadas é a pouca profundidade da informação.

4. 2 Questões abertas
Neste tipo de questões não há qualquer limitação às respostas a dar pelos inquiridos: estes respondem livremente à questão. O tratamento de informação é mais difícil, mas os dados obtidos são mais completos, uma vez que revelam os motivos da tomada de posição dos inquiridos.

4.3 Questões semiabertas
Numa questão semiaberta, estão envolvidas o tipo de resposta fechada e aberta, decorrentes de questões fechadas e questões abertas, respectivamente.


5 - Escalas
Através da utilização de escalas é possível medir aspectos como atitudes ou opiniões do público-alvo. Existem quatro tipos de escalas: de Likert , Visual Analogue Scales (VAS) , Numérica e de Guttman .
A escala de Likert é do tipo de resposta psicométrica e é a escala mais usada em pesquisas de opinião.

O formato típico de um item Likert é:

Não concordo totalmente
Não concordo parcialmente
Indiferente
Concordo parcialmente
Concordo totalmente
Visual Analogue Scales (VAS )

Este tipo de escala baseia-se numa linha horizontal com 10 cm:
A sua apreciação geral sobre o produto

Péssimo ____________________________X_____Excelente.

O inquirido deve responder à questão assinalando na linha a posição que corresponde à sua opinião.


A escala Numérica deriva da escala anterior na qual a linha se apresenta dividida em intervalos regulares:
PéssimoI ____I_____I_____I_____I_____I_____I Excelente
A escala de Guttman é formada por um conjunto de respostas que estão hierarquizadas. Deste modo se um inquirido concordar com uma das opções está a concordar com todas as que se encontram numa posição inferior na escala.


6 – Vantagens, desvantagens e limitações

Vantagens

· Proporciona o conhecimento de vários parâmetros de uma dada população;

· Possibilita quantificar uma multiplicidade de dados e proceder a numerosas análises de correlação;

· Garante o anonimato das respostas;

· Admite que os inquiridos respondam no momento que consideram mais oportuno;

· Possibilita uma maior sistematização dos resultados obtidos e facilidade de análise;

· Não é muito dispendioso;

· Não requer muita habilidade de quem o aplica;

· Possibilita uma “relação” impessoal;

· Tem uma apresentação uniformizada (ordem igual para todos os sujeitos, as mesmas instruções…);


Desvantagens

· Representatividade da população com a definição da amostra;

· Pode ter custos elevados;

· Indivíduo tratado como unidade estatística (perda das relações sociais entre os inquiridos);

· Pequena percentagem de questionários correctamente/completamente preenchidos; taxa elevada de dados em falta;

· Índice de devolução baixo; fraca taxa de respostas;

· Aplicação depende das habilitações literárias dos inquiridos;

· Dificuldade na concepção.


7 - Análise dos dados
Nesta fase procede-se à codificação das respostas, ao tratamento dos dados através da Análise_Quantitativa e/ou Análise_Qualitativa para de seguida se proceder à elaboração das conclusões.
Bibliografia
(1) A pesquisa quantitativa [online] . Disponível em: http://en.wikipedia.org/wiki/Quantitative_research e em http://en.wikipedia.org/wiki/Quantitative_method . Consultado em Novembro de 2010.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Question%C3%A1rio. Consultado em Novembro de 2010. Almeida, J. F.(1994). Introdução à Sociologia, Universidade Aberta, Lisboa.
Carmo, H. & Ferreira, M. (1998). Metodologia da Investigação - Guia para Auto-aprendizagem. Lisboa: Universidade Aberta.

Fortin, M. (1999), O processo de Investigação, Lusociência
Quivy, R.& Campenhoudt, L. (1992). Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva.
Rojas, R. O. (2001), El Cuestionario; [online] Disponível em http://www.nodo50.org/sindpitagoras/Likert.htm (consultado em 2 de Abril)

Tema 2 - Métodos de recolha de dados



Participação individual no Fórum da Uc

Tema: Métodos quantitativos de recolha de dados (2ª participação)


Os objectivos da investigação quantitativa consistem basicamente em encontrar relações entre variáveis, fazer descrições recorrendo ao tratamento estatístico dos dados recolhidos e testar teorias. Os métodos quantitativos baseiam-se na utilização de instrumentos estruturados, estes fornecem respostas que podem ser quantificáveis e expressas numericamente. As tabelas, as estatísticas e os gráficos, são exemplos de instrumentos utilizados nestes métodos para a apresentação dos resultados. A sua principal vantagem reside na sua capacidade de agilização do processo de interpretação e análise, contudo requerem uma maior cobertura na sua aplicação.

Numa investigação existe frequentemente a necessidade de ter de construir instrumentos próprios para obter os dados que permitem responder às suas questões de investigação. Para tal utilizam-se: testes, questionários, guiões de entrevistas e grelhas de observação de comportamentos não verbais.

Apresento sucintamente alguns métodos de recolha de dados:
- Estudos por observação: podendo ser participante, não participante, estruturada ou não, antes de ser iniciada, precisa de uma verificação do lugar e reflexão sobre os fenómenos a serem registados. A amostra pode ser maior a baixo custo e podem ser estudados comportamentos não verbais.

- Análise de conteúdo de dados documentais : nesta técnica há que ter especial cuidado à acessibilidade e confidencialidade dos documentos, que poderá impedir o seu acesso. Estes documentos podem ser fontes oficiais, fotografias ou cartas ou obras já elaboradas como livros ou monografias.

- Entrevistas : quando feitas pessoalmente permitem uma adaptação e mudança em face do contexto. Podem também facilmente ser esclarecidas dúvidas. É necessário ter um plano para a entrevista para que no momento em que ela estiver a ser, realizada as informações necessárias não deixem de ser colhidas.

- Inquéritos: trata-se de um conjunto de questões pré-formuladas. Deve ser utilizado quando o investigador sabe exactamente de que informações precisa ou quando é utilizado um universo alargado de inqueridos. A informação é obtida facilmente e é facilmente codificada.

Questionário: é um instrumento de investigação basea-se geralmente na inquisição de um grupo representativo da população em estudo. Para tal, colocam-se uma série de questões que abrangem um tema de interesse para os investigadores, não havendo interacção directa entre estes e os inquiridos.

Bibliografia:
Bodgan. R., Biklen. S.(1994). Investigação Qualitativa em Educação – Uma Introdução À Teoria E Aos Métodos. Porto: Porto Editora.
Azevedo, Carlos et al (1998). Metodologia Científica: Contributos práticos para a elaboração de trabalhos académicos. Ed.C. Azevedo
http://en.wikipedia.org/wiki/Quantitative_research . Consultado a 18 de Novembro de 2010.
http://en.wikipedia.org/wiki/Quantitative_method . Consultado a 18 de Novembro de 2010.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inqu%C3%A9rito_estat%C3%ADstico. Consultado a 18 de Novembro de 2010.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Tema 2 - Métodos de recolha de dados

Participação individual no Fórum da Uc

Tema: Métodos quantitativos de recolha de dados (1ª participação)


Pegando na introdução da Margarida a um dos métodos quantitativos mais utilizado, o questionário, apresento algumas das suas vantagens e desvantagens.

Para Pardal & Correia (1995), o questionário é um conjunto de questões estruturadas com o fim de obter dados das pessoas a quem se dirige. O questionário pode ser de administração directa quando é o próprio inquirido a registar as opções de resposta e de administração indirecta, quando é o próprio investigador que preenche em função das respostas dadas pelo respondente.
«É muito fácil elaborar um questionário mas não é fácil elaborar um bom questionário» (Hill e Hill, 2000).

Vantagens:

- Sistematização;
- Maior simplicidade de análise;
- Maior rapidez na recolha e análise de dados: pode ser aplicado a um maior número de pessoas e em menos tempo;
- A análise pode ser automatizada;
- Permite que as pessoas respondam no momento que lhes pareça mais adequado;
- Garante o anonimato das respostas;
- Não expõe os investigados à influência do investigador.

Desvantagens:
- Dificuldades de concepção;
- Não é aplicável a toda a população: exclui, por exemplo, a participação de pessoas analfabetas;
- Indivíduo tratado como unidade estatística (perda das relações sociais entre os inquiridos);
- Impossibilidade de acrescentar dados suplementares;
- Impossibilidade de ajudar no caso de haver dúvidas por parte do inquirido;
- Não oferece garantia de que a os inquiridos o devolvam totalmente preenchido;


Bibliografia:
Bodgan. R., Biklen. S.(1994). Investigação Qualitativa em Educação – Uma Introdução À Teoria E Aos Métodos. Porto: Porto Editora.
Azevedo, Carlos et al (1998). Metodologia Científica: Contributos práticos para a elaboração de trabalhos académicos. Ed.C. Azevedo
http://en.wikipedia.org/wiki/Quantitative_research . Consultado a 18 Novembro de 2010.
http://en.wikipedia.org/wiki/Quantitative_method . Consultado a 18 Novembro de 2010.

Tema 2 - Métodos de recolha de dados

Participação individual no Fórum da Uc

Análise da dissertação (Neto, C. (2006). O papel da internet no processo de construção do conhecimento) com a utilização do questionário


1- A autora apresenta claramente os objectivos de investigação que presidiram à elaboração do questionário?
A autora apresenta distintamente os objectivos do estudo. Na página 13, são mencionados os objectivos gerais e nas páginas 64 e 65, são explicados os objectivos do estudo. No entanto não consta no estudo a indicação das etapas inerentes à elaboração do questionário.

2- Na dissertação apresentada há indicação dos passos que estiveram subjacentes à construção do questionário?
Não é definido explicitamente, a relação/ cruzamento entre cada item do questionário e os objectivos visados. A informação fornecida remete-nos apenas para o tipo de questionários a aplicar, constituídos por perguntas fechadas e por questões de escolha múltipla, (página 66).

3- A amostra é claramente identificada?
A amostra resulta de uma população constituída por dois grupos de sujeitos: alunos do 3º CEB (350 inquéritos aplicados) e professores (110 inqueridos aplicados), sendo também referido a área de estudo/ investigação (escolas da DREN, do distrito do Porto e Bragança). Desta forma considero que a amostra é claramente identificada, como se verifica no ponto 3 (páginas 65 e 66).

4- É indicado o método usado na definição da amostra?
Sim. "O critério de selecção das escolas foi a existência de professores aí colocados que mostraram interesse em colaborar na aplicação dos inquéritos junto dos alunos e colegas, bem como a presença de computadores ligados à Internet para uso dos alunos" (pág. 65). A autora define uma amostra não probabilística de conveniência, fazendo a selecção com base em critérios próprios relacionados com a investigação.

5- O questionário usado foi objecto de validação prévia?
O objectivo do pré-teste consiste em determinar e corrigir, omissões e equívocos do questionário. Deve-se testar através de um pré-teste a eficácia e pertinência do questionário junto de uma amostra que reflicta a população visada, antes de se aplicar o questionário.
Existiu uma validação prévia, como consta na página 66 (foi elaborada uma primeira versão e submetida à apreciação de 20 alunos e 10 professores), desse trabalho resultaram algumas reformulações na redacção das questões.

6- No capítulo da explicitação da metodologia usada há indicações sobre o modo de tratamento dos dados obtidos com a aplicação do questionário?
A investigadora informa na sua tese (página 67), como procedeu ao tratamento dos dados. "os dados foram tratados e analisados tendo em vista os objectivos de investigação previamente definidos. Para análise estatística recorreu-se ao programa de computador Excel, sendo os resultados apresentados, sempre que útil, na sua perspectiva percentual".

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Tema 1 - Reflexão final

Definição do problema, paradigmas educacionais, metodologia da investigação, revisão da literatura, técnicas e instrumentos de recolha de dados, hipóteses, discussão entre outros, são termos que apesar de familiares revestem-se neste momento de um entendimento e importância acrescida para o sucesso de uma investigação. Para esta clarificação de ideias e noção das diferentes fases do processo que constituem a investigação, contribuíram fortemente todas as discussões assíncronas e síncronas tidas no fórum, pesquisas efectuadas e os dados/ conceitos apresentados na presente unidade curricular.

Segundo BOGDAN, R. & BIKLEN, o investigador não deve procurar o estudo perfeito, pelo contrário deve focar-se num ponto simples “ser prático, escolher um assunto cuja extensão e dificuldade lhe pareçam razoáveis a fim de que este possa ser concluído com as fontes existentes e dentro do prazo previsto. Ter em consideração as capacidades do investigador que estão em desenvolvimento. Encontrar informação sólida e concreta e não artigos de áreas muito abrangentes. Não escolher um assunto onde esteja pessoalmente envolvido.”
De forma a descrever ou interpretar a realidade correctamente o processo investigativo exige-nos um sólido conhecimento dos diferentes métodos e técnicas de recolha de dados existentes. É também necessário conhecer as vantagens e desvantagens verificadas em cada um dos paradigmas da investigação existentes. Através destes conhecimentos é possível realizar uma investigação em educação coerente e com resultados positivos

Após a realização das diferentes actividades e das ponderações efectuadas acerca do processo de investigação neste “Tema 1”, concluo, que para além do processo investigativo, esta unidade curricular potencia a reflexão em investigação educacional.

Tema 1 - Contribuição pessoal marcador social - Fontes


http://www.delicious.com/fontesmcem/

Como Fazer uma Dissertação de Mestrado
Curso prático organizado por Carlos Ceia (Universidade Nova de Lisboa)
http://www2.fcsh.unl.pt/docentes/cceia/tese.htm

Metodologia da pesquisa Científica
Metodologia da pesquisa Científica (síntese em formato de apresentação)
http://www.ensp.unl.pt/saboga/investiga/investiga_5net_texto.pdf

Tema 1 - Fluxograma da equipa

Fases do processo de investigação - Fluxograma proposto pela equipa Metódicos

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Tema 1 - O processo de investigação


Participação individual na wiki de grupo (Metódicos)


Quais as grandes diferenças entre investigação quantitativa e qualitativa?

“É frequente a abordagem qualitativa ser apresentada como contrastando com a qualitativa. Qualitativa normalmente o estudo é escrito depois de investigado o caso, os planos evoluem à medida que se adaptam ao ambiente, pessoas e outras fonte de dados, os quais são adquiridos através da observação directa. É o próprio estudo que estrutura a investigação.”[1]
“Na investigação do tipo qualitativo os investigadores inspiram-se em métodos utilizados na investigação antropológica e etnográfica. As chamadas observações naturalistas, isto é, as que são realizadas pelo investigador no local onde decorre a investigação sem preocupações da sua parte em ser um observador neutro ou independente, são uma das técnicas chave da investigação qualitativa. Na investigada qualitativa os investigadores inspiram-se no método por excelência das chamadas ciências experimentais – o chamado método científico” [2]



Bibliografia:
[1] BOGDAN, R. & BIKLEN, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação. Uma Introdução à Teoria e aos Métodos. Porto: Porto Editora.
[2] http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/ichagas/mi2/Fernandes.pdf - consultado a 22 de Outubro de 2010.

Tema 1 - O processo de investigação


Participação individual na wiki de grupo:


Como caracterizar um estudo de caso em investigação?

“O estudo de caso consiste na observação detalhada de um contexto, ou individuo, de uma única fonte de documentos ou de um acontecimento específico (Merriam, 1988). Os estudos de caso podem ter graus de dificuldade variável; tanto principiantes como investigadores experientes os efectuam, apresentando como característica o serem mais fácil de realizar do que estudos realizados em múltiplos locais simultaneamente ou com múltiplos sujeitos (Scott, 1965).” [1]

“O estudo de caso é uma estratégia de pesquisa frequentemente utilizada nas Ciências Sociais. De um modo geral, é a estratégia preferida quando se pretende conhecer o “como?” e o “porquê?”, quando o investigador tem pouco ou mesmo nenhum controle nos acontecimentos reais, e quando o foco está num fenómeno natural dentro de um contexto da vida real.” [2]

“Existe alguma controvérsia no que concerne, a aceitação do “estudo de caso” dentro dos planos qualitativos. Por um lado temos alguns investigadores (Best & Kahn, 1993; Creswell, 1994; Flick, 1998; Merriam, 1998), que consideram o “estudo de caso” como uma modalidade do plano qualitativo, devido ao facto de ser sobretudo um estudo descritivo e pelo facto de o investigador estar pessoalmente implicado na investigação.
Por outro lado outros investigadores (Ponte, 1994; Lessard-Hébert et al, 1994; Punch, 1998), consideram que o “estudo de caso” pode ser conduzido sob o quadro de qualquer um dos paradigmas de investigação educativa (do positivista ao crítico), sendo por isso mais coerente a sua inclusão nos planos de investigação de tipo misto ou multi-metodológicos (Bisquerra, 1989; Gomez, Flores & Gimenez, 1996).” [2]

“O estudo de caso é uma metodologia de investigação particularmente apropriada quando procuramos compreender, explorar ou descrever acontecimentos e contextos complexos, nos quais estão simultaneamente envolvidos factores. Yin, afirma ainda que este método é adequado quando pretendemos definir os tópicos de investigação de forma abrangente, quando queremos considerar a influência do contexto de ocorrência do fenómeno em estudo e quando queremos socorrermo-nos de múltiplas fontes de evidências (dados) (cf. Yin 1993: xi).
Yin (1994:13) define “estudo de caso” com base nas características do fenómeno em estudo e com base num conjunto de características associadas ao processo de recolha de dados e às estratégias de análise dos mesmos. Para este autor, o estudo de caso é um processo de investigação empírica com o qual se pretende estudar um fenómeno contemporâneo no contexto real em que este ocorre, sendo particularmente adequado ao seu uso quando as fronteiras entre o fenómeno em estudo e o contexto em que ele ocorre não são claramente evidentes. Este autor acrescenta que, pelo facto de muitas vezes ser difícil isolar o fenómeno em estudo do contexto em que ocorre, é normalmente necessário usar múltiplas fontes de evidência (dados) e cruzar (triangular) os diferentes dados recolhidos (Yin, 1994: 13).” [2]

Bibliografia

[1] BOGDAN, R. & BIKLEN, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação. Uma Introdução à Teoria e aos Métodos. Porto: Porto Editora.

[2] http://claracoutinho.wikispaces.com/Estudo+de+Caso - Consultado a 22 de Outubro de 2010.

Tema 1 - O processo de investigação

Tema 1 - O processo de investigação

When Should I Use Qualitative Vs. Quantitative Research?

Tema 1 - O processo de investigação

Sub-tema 2: etapas do processo investigativo


Uma investigação qualitativa deverá apresentar o seu ponto de vista, a sua análise, a sua explicação e a sua interpretação daquilo que os dados revelam.[1]

Em investigação, o termo “plano” é utilizado com um guia do investigador em relação aos passos a seguir. [1]

Em investigação uma das estratégias utilizadas baseia-se no pressuposto de que muito pouco se sabe acerca das pessoas e ambientes que irão constituir o objecto de estudo. Seria ambicioso da sua parte, preestabelecer, rigorosamente, o método para executar o trabalho.[1]

É o próprio estudo que estrutura a investigação, não ideias preconcebidas ou um plano prévio detalhado.[1]

O plano deve ser flexível, como acontece na investigação qualitativa, onde as diferentes hipóteses são modificadas e reformuladas ao longo da investigação.[1]

Os investigadores tradicionais definem o plano como o produto final da fase de planeamento da investigação. Este plano é posto em prática procede-se à recolha e análise de dados dado origem a uma nova fase a escrita. [1]

De uma forma geral os fluxogramas apresentados pelos diferentes grupos partilham de uma base comum e utilizada pela maioria dos investigadores, as diferenças verificam-se ao nível da estruturação e nomenclatura. As etapas necessárias a execução de uma investigação estão bem definidas, podendo escolher qualquer um dos fluxogramas e aplica-lo numa investigação real.

O grupo “metódicos” através de uma análise e discussão identificou e defende as sete seguintes fases no processo de investigação.

- Escolha do tema
-Planeamento da investigação
- Recolha e tratamento da informação
- Análise dos resultados
- Conclusões
- Divulgação do estudo
- Avaliação do projecto de investigação

Bibliografia:
[1] BOGDAN, R. & BIKLEN, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação. Uma Introdução à Teoria e aos Métodos. Porto: Porto Editora.

Tema 1 - O processo de investigação

Sub-tema 1: paradigmas e métodos



Seguindo a linha de pensamento apresentado pela maioria, relativamente à identificação dos três paradigmas (Paradigma Positivista, Paradigma Interpretativo, Paradigma Sociocrítico) apresento algumas citações que no meu ponto de vista complementam a visão geral emanada neste fórum, ainda que estas citações, incidam só, sobre a investigação/ abordagem qualitativa e quantitativa.

Um paradigma consiste num conjunto aberto de asserções, conceitos ou preposições logicamente relacionadas e que orientam o pensamento e a investigação.
Seja ou não explícita, toda a investigação se baseia numa orientação teórica. Os bons investigadores estão conscientes dos seus fundamentos teóricos, servindo-se deles para analisar os dados. [1]

As metodologias mais utilizadas na área da educação suportam-se na sua maioria em paradigmas quantitativos e qualitativos. O seu confronto para além de metodológico pode-se resumir a, numérico versus verbal. Na actualidade o objectivo é utilizar os dois paradigmas de forma a superar as divergências existentes entre eles e num modelo em que ambos se complementam contribuam para uma investigação forte e capaz de produzir conhecimento assim como resolver situações problemáticas. [1]

O positivismo de Augusto Comte fundamenta o paradigma quantitativo. Considera-se que existe uma realidade objectiva que o investigador tem de ser capaz de interpretar objectivamente. [1]

“Na investigação do tipo qualitativo os investigadores inspiram-se em métodos utilizados na investigação antropológica e etnográfica. As chamadas observações naturalistas, isto é, as que são realizadas pelo investigador no local onde decorre a investigação sem preocupações da sua parte em ser um observador neutro ou independente, são uma das técnicas chave da investigação qualitativa. Na investigada qualitativa os investigadores inspiram-se no método por excelência das chamadas ciências experimentais – o chamado método científico” [2]

O idealismo de Kant e seus sucessores está na base do paradigma qualitativo. Aqui não se considera a existência de uma só interpretação (objectiva) da realidade; pelo contrário admite-se que há tantas interpretações da realidade quanto os indivíduos (investigadores) que a procurem interpretar.[1]

“É frequente a abordagem qualitativa ser apresentada como contrastando com a qualitativa. Qualitativo normalmente o estudo é escrito depois de investigado o caso, os planos evoluem à medida que se adaptam ao ambiente, pessoas e outras fonte de dados, os quais são adquiridos através da observação directa. É o próprio estudo que estrutura a investigação.”[2]

A investigação qualitativa e os seus métodos são uma resposta às limitações reveladas pelos métodos quantitativos. Surgiu por parte dos investigadores em educação a necessidade de observar os sujeitos envolvidos na investigação, através de entrevistas registando assim as suas opiniões e as suas reacções.[2]

Uma das principais limitações da investigação quantitativa relaciona-se com o facto do investigador, ao lidar com seres humanos, ser incapaz de manipular ou controlar certos aspectos, nomeadamente a variável ou variáveis independentes. Por isso, a questão do controle é seguramente uma limitação deste método. [1]

Através de métodos estatísticos podem sintetizar-se dados referentes a uma amostra de grande dimensão e generalizar esses dados a toda a população. A possibilidade de generalizar resultados é, em boa medida, o objectivo principal da investigação quantitativa. [1]

A investigação qualitativa fornece informação acerca do ensino e da aprendizagem que de outra forma não se pode obter. Podem identificar-se variáveis relevantes para o estudo do ensino e da aprendizagem que não são detectadas através da utilização dos métodos típicos da investigação quantitativa. [1]

Bibliografia:

[1]http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/ichagas/mi2/Fernandes.pdf

[2] BOGDAN, R. & BIKLEN, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação. Uma Introdução à Teoria e aos Métodos. Porto: Porto Editora.