MIE - Mestrado em Comunicação Educacional Multimédia - Universidade Aberta 2010

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Tema 1 - Reflexão final

Definição do problema, paradigmas educacionais, metodologia da investigação, revisão da literatura, técnicas e instrumentos de recolha de dados, hipóteses, discussão entre outros, são termos que apesar de familiares revestem-se neste momento de um entendimento e importância acrescida para o sucesso de uma investigação. Para esta clarificação de ideias e noção das diferentes fases do processo que constituem a investigação, contribuíram fortemente todas as discussões assíncronas e síncronas tidas no fórum, pesquisas efectuadas e os dados/ conceitos apresentados na presente unidade curricular.

Segundo BOGDAN, R. & BIKLEN, o investigador não deve procurar o estudo perfeito, pelo contrário deve focar-se num ponto simples “ser prático, escolher um assunto cuja extensão e dificuldade lhe pareçam razoáveis a fim de que este possa ser concluído com as fontes existentes e dentro do prazo previsto. Ter em consideração as capacidades do investigador que estão em desenvolvimento. Encontrar informação sólida e concreta e não artigos de áreas muito abrangentes. Não escolher um assunto onde esteja pessoalmente envolvido.”
De forma a descrever ou interpretar a realidade correctamente o processo investigativo exige-nos um sólido conhecimento dos diferentes métodos e técnicas de recolha de dados existentes. É também necessário conhecer as vantagens e desvantagens verificadas em cada um dos paradigmas da investigação existentes. Através destes conhecimentos é possível realizar uma investigação em educação coerente e com resultados positivos

Após a realização das diferentes actividades e das ponderações efectuadas acerca do processo de investigação neste “Tema 1”, concluo, que para além do processo investigativo, esta unidade curricular potencia a reflexão em investigação educacional.

Tema 1 - Contribuição pessoal marcador social - Fontes


http://www.delicious.com/fontesmcem/

Como Fazer uma Dissertação de Mestrado
Curso prático organizado por Carlos Ceia (Universidade Nova de Lisboa)
http://www2.fcsh.unl.pt/docentes/cceia/tese.htm

Metodologia da pesquisa Científica
Metodologia da pesquisa Científica (síntese em formato de apresentação)
http://www.ensp.unl.pt/saboga/investiga/investiga_5net_texto.pdf

Tema 1 - Fluxograma da equipa

Fases do processo de investigação - Fluxograma proposto pela equipa Metódicos

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Tema 1 - O processo de investigação


Participação individual na wiki de grupo (Metódicos)


Quais as grandes diferenças entre investigação quantitativa e qualitativa?

“É frequente a abordagem qualitativa ser apresentada como contrastando com a qualitativa. Qualitativa normalmente o estudo é escrito depois de investigado o caso, os planos evoluem à medida que se adaptam ao ambiente, pessoas e outras fonte de dados, os quais são adquiridos através da observação directa. É o próprio estudo que estrutura a investigação.”[1]
“Na investigação do tipo qualitativo os investigadores inspiram-se em métodos utilizados na investigação antropológica e etnográfica. As chamadas observações naturalistas, isto é, as que são realizadas pelo investigador no local onde decorre a investigação sem preocupações da sua parte em ser um observador neutro ou independente, são uma das técnicas chave da investigação qualitativa. Na investigada qualitativa os investigadores inspiram-se no método por excelência das chamadas ciências experimentais – o chamado método científico” [2]



Bibliografia:
[1] BOGDAN, R. & BIKLEN, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação. Uma Introdução à Teoria e aos Métodos. Porto: Porto Editora.
[2] http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/ichagas/mi2/Fernandes.pdf - consultado a 22 de Outubro de 2010.

Tema 1 - O processo de investigação


Participação individual na wiki de grupo:


Como caracterizar um estudo de caso em investigação?

“O estudo de caso consiste na observação detalhada de um contexto, ou individuo, de uma única fonte de documentos ou de um acontecimento específico (Merriam, 1988). Os estudos de caso podem ter graus de dificuldade variável; tanto principiantes como investigadores experientes os efectuam, apresentando como característica o serem mais fácil de realizar do que estudos realizados em múltiplos locais simultaneamente ou com múltiplos sujeitos (Scott, 1965).” [1]

“O estudo de caso é uma estratégia de pesquisa frequentemente utilizada nas Ciências Sociais. De um modo geral, é a estratégia preferida quando se pretende conhecer o “como?” e o “porquê?”, quando o investigador tem pouco ou mesmo nenhum controle nos acontecimentos reais, e quando o foco está num fenómeno natural dentro de um contexto da vida real.” [2]

“Existe alguma controvérsia no que concerne, a aceitação do “estudo de caso” dentro dos planos qualitativos. Por um lado temos alguns investigadores (Best & Kahn, 1993; Creswell, 1994; Flick, 1998; Merriam, 1998), que consideram o “estudo de caso” como uma modalidade do plano qualitativo, devido ao facto de ser sobretudo um estudo descritivo e pelo facto de o investigador estar pessoalmente implicado na investigação.
Por outro lado outros investigadores (Ponte, 1994; Lessard-Hébert et al, 1994; Punch, 1998), consideram que o “estudo de caso” pode ser conduzido sob o quadro de qualquer um dos paradigmas de investigação educativa (do positivista ao crítico), sendo por isso mais coerente a sua inclusão nos planos de investigação de tipo misto ou multi-metodológicos (Bisquerra, 1989; Gomez, Flores & Gimenez, 1996).” [2]

“O estudo de caso é uma metodologia de investigação particularmente apropriada quando procuramos compreender, explorar ou descrever acontecimentos e contextos complexos, nos quais estão simultaneamente envolvidos factores. Yin, afirma ainda que este método é adequado quando pretendemos definir os tópicos de investigação de forma abrangente, quando queremos considerar a influência do contexto de ocorrência do fenómeno em estudo e quando queremos socorrermo-nos de múltiplas fontes de evidências (dados) (cf. Yin 1993: xi).
Yin (1994:13) define “estudo de caso” com base nas características do fenómeno em estudo e com base num conjunto de características associadas ao processo de recolha de dados e às estratégias de análise dos mesmos. Para este autor, o estudo de caso é um processo de investigação empírica com o qual se pretende estudar um fenómeno contemporâneo no contexto real em que este ocorre, sendo particularmente adequado ao seu uso quando as fronteiras entre o fenómeno em estudo e o contexto em que ele ocorre não são claramente evidentes. Este autor acrescenta que, pelo facto de muitas vezes ser difícil isolar o fenómeno em estudo do contexto em que ocorre, é normalmente necessário usar múltiplas fontes de evidência (dados) e cruzar (triangular) os diferentes dados recolhidos (Yin, 1994: 13).” [2]

Bibliografia

[1] BOGDAN, R. & BIKLEN, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação. Uma Introdução à Teoria e aos Métodos. Porto: Porto Editora.

[2] http://claracoutinho.wikispaces.com/Estudo+de+Caso - Consultado a 22 de Outubro de 2010.

Tema 1 - O processo de investigação

Tema 1 - O processo de investigação

When Should I Use Qualitative Vs. Quantitative Research?

Tema 1 - O processo de investigação

Sub-tema 2: etapas do processo investigativo


Uma investigação qualitativa deverá apresentar o seu ponto de vista, a sua análise, a sua explicação e a sua interpretação daquilo que os dados revelam.[1]

Em investigação, o termo “plano” é utilizado com um guia do investigador em relação aos passos a seguir. [1]

Em investigação uma das estratégias utilizadas baseia-se no pressuposto de que muito pouco se sabe acerca das pessoas e ambientes que irão constituir o objecto de estudo. Seria ambicioso da sua parte, preestabelecer, rigorosamente, o método para executar o trabalho.[1]

É o próprio estudo que estrutura a investigação, não ideias preconcebidas ou um plano prévio detalhado.[1]

O plano deve ser flexível, como acontece na investigação qualitativa, onde as diferentes hipóteses são modificadas e reformuladas ao longo da investigação.[1]

Os investigadores tradicionais definem o plano como o produto final da fase de planeamento da investigação. Este plano é posto em prática procede-se à recolha e análise de dados dado origem a uma nova fase a escrita. [1]

De uma forma geral os fluxogramas apresentados pelos diferentes grupos partilham de uma base comum e utilizada pela maioria dos investigadores, as diferenças verificam-se ao nível da estruturação e nomenclatura. As etapas necessárias a execução de uma investigação estão bem definidas, podendo escolher qualquer um dos fluxogramas e aplica-lo numa investigação real.

O grupo “metódicos” através de uma análise e discussão identificou e defende as sete seguintes fases no processo de investigação.

- Escolha do tema
-Planeamento da investigação
- Recolha e tratamento da informação
- Análise dos resultados
- Conclusões
- Divulgação do estudo
- Avaliação do projecto de investigação

Bibliografia:
[1] BOGDAN, R. & BIKLEN, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação. Uma Introdução à Teoria e aos Métodos. Porto: Porto Editora.

Tema 1 - O processo de investigação

Sub-tema 1: paradigmas e métodos



Seguindo a linha de pensamento apresentado pela maioria, relativamente à identificação dos três paradigmas (Paradigma Positivista, Paradigma Interpretativo, Paradigma Sociocrítico) apresento algumas citações que no meu ponto de vista complementam a visão geral emanada neste fórum, ainda que estas citações, incidam só, sobre a investigação/ abordagem qualitativa e quantitativa.

Um paradigma consiste num conjunto aberto de asserções, conceitos ou preposições logicamente relacionadas e que orientam o pensamento e a investigação.
Seja ou não explícita, toda a investigação se baseia numa orientação teórica. Os bons investigadores estão conscientes dos seus fundamentos teóricos, servindo-se deles para analisar os dados. [1]

As metodologias mais utilizadas na área da educação suportam-se na sua maioria em paradigmas quantitativos e qualitativos. O seu confronto para além de metodológico pode-se resumir a, numérico versus verbal. Na actualidade o objectivo é utilizar os dois paradigmas de forma a superar as divergências existentes entre eles e num modelo em que ambos se complementam contribuam para uma investigação forte e capaz de produzir conhecimento assim como resolver situações problemáticas. [1]

O positivismo de Augusto Comte fundamenta o paradigma quantitativo. Considera-se que existe uma realidade objectiva que o investigador tem de ser capaz de interpretar objectivamente. [1]

“Na investigação do tipo qualitativo os investigadores inspiram-se em métodos utilizados na investigação antropológica e etnográfica. As chamadas observações naturalistas, isto é, as que são realizadas pelo investigador no local onde decorre a investigação sem preocupações da sua parte em ser um observador neutro ou independente, são uma das técnicas chave da investigação qualitativa. Na investigada qualitativa os investigadores inspiram-se no método por excelência das chamadas ciências experimentais – o chamado método científico” [2]

O idealismo de Kant e seus sucessores está na base do paradigma qualitativo. Aqui não se considera a existência de uma só interpretação (objectiva) da realidade; pelo contrário admite-se que há tantas interpretações da realidade quanto os indivíduos (investigadores) que a procurem interpretar.[1]

“É frequente a abordagem qualitativa ser apresentada como contrastando com a qualitativa. Qualitativo normalmente o estudo é escrito depois de investigado o caso, os planos evoluem à medida que se adaptam ao ambiente, pessoas e outras fonte de dados, os quais são adquiridos através da observação directa. É o próprio estudo que estrutura a investigação.”[2]

A investigação qualitativa e os seus métodos são uma resposta às limitações reveladas pelos métodos quantitativos. Surgiu por parte dos investigadores em educação a necessidade de observar os sujeitos envolvidos na investigação, através de entrevistas registando assim as suas opiniões e as suas reacções.[2]

Uma das principais limitações da investigação quantitativa relaciona-se com o facto do investigador, ao lidar com seres humanos, ser incapaz de manipular ou controlar certos aspectos, nomeadamente a variável ou variáveis independentes. Por isso, a questão do controle é seguramente uma limitação deste método. [1]

Através de métodos estatísticos podem sintetizar-se dados referentes a uma amostra de grande dimensão e generalizar esses dados a toda a população. A possibilidade de generalizar resultados é, em boa medida, o objectivo principal da investigação quantitativa. [1]

A investigação qualitativa fornece informação acerca do ensino e da aprendizagem que de outra forma não se pode obter. Podem identificar-se variáveis relevantes para o estudo do ensino e da aprendizagem que não são detectadas através da utilização dos métodos típicos da investigação quantitativa. [1]

Bibliografia:

[1]http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/ichagas/mi2/Fernandes.pdf

[2] BOGDAN, R. & BIKLEN, S. (1994). Investigação Qualitativa em Educação. Uma Introdução à Teoria e aos Métodos. Porto: Porto Editora.