MIE - Mestrado em Comunicação Educacional Multimédia - Universidade Aberta 2010

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Reflexão Final

Face à proliferação dos media digitais, assistimos a uma nova realidade de trabalho e de aprendizagem. O estudante deixou de ser um elemento isolado, passando a ser um elemento de uma rede, interagindo virtualmente com os seus pares, com o intuito de pertencer a um determinado grupo/ comunidade, contribuindo para a sua validação, formação da sua personalidade e incremento da sua auto-estima, definindo desta forma a construção da sua identidade individual e de grupo.
No que diz respeito à avaliação da unidade curricular e de forma a destacar as experiências positivas, evidencio dois pontos:


a) O trabalho de grupo - o sucesso da execução das diferentes actividades deveu-se ao bom entendimento, ao respeito pelos prazos estipulados e ao cumprimento das responsabilidades individuais por parte de todos os intervenientes;


b) A qualidade dos trabalhos e comentários partilhados no fórum, pelos restantes mestrandos, potenciando uma melhor compreensão, enriquecendo a abordagem e compreensão das diferentes actividades.



Este percurso de aprendizagem colaborativo revelou-se enriquecedor, contribuindo para uma melhor compreensão e

sistematização da etapa que se avizinha, a dissertação .

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Tema 4 - Problemáticas de investigação

Actividade: Identificar e escolher um artigo sobre Design-Based Research (DBR).


De forma a solucionar o desafio proposto pelo professor Luís Tinoca, seleccionei o artigo "Design Experiments in Educational Research" (3º artigo disponível em: http://edr.sagepub.com/content/32/1.toc).

Documento encontra-se completo e disponível em formato pdf no seguinte endereço:

Participação individual no Fórum da Uc (1ª Participação)

d) Quais as principais implicações/conclusões?

Os autores referenciados no documento analisado, - “ Design Experiments in Educational Research (Cobb et al., 2003)” destacam a importância da metodologia para o desenvolvimento e compreensão de "ecologias de aprendizagem", ou seja, de sistemas complexos que envolvem múltiplos elementos de naturezas distintas. Os elementos de uma ecologia de aprendizagem incluem tarefas e problemas aos quais serão confrontados os formandos, as ferramentas e recursos fornecidos para suas resoluções e os meios práticos pelos quais os formadores podem organizar as relações entre estes elementos em contexto educativo.

“Design experiments ideally result in greater understanding of a learning ecology — a complex, interacting system involving multiple elements of different types and levels — by designing its elements and by anticipating how these elements function together to support learning. Design experiments therefore constitute a means of addressing the complexity that is a hallmark of educational settings” (pág. 9).

“Beyond just creating designs that are effective and that can sometimes be affected by ‘tinkering to perfection,’ a design theory explains why designs work and suggests how they may be adapted to new circumstances. Therefore, like other methodologies, design experiments are crucibles for the generation and testing of theory” (pág. 9).

Desta forma, gestão, objetivos, tarefas, normas, motivação, ferramentas interacionais, aspectos discursivos, contextos formativos, situações concretas e práticas educacionais são elementos que interelacionam interação e avaliação.
É na análise do processo interativo que o formador poderá obter uma variedade de informação levando-o a perceber a aprendizagem realizada pelo formando. Este processo analítico esta baseado em duas dimensões, intimamente relacionadas: a cognitiva (atitutes e habilidades, crenças e conhecimento prévio, processos de raciocínio, motivação, emoção) e a social (colaboração, formas de compartilhamento, relações pessoais-profissionais diversas e os diferentes contextos envolvidos).

Principais características de experiências de design:

- Procuram desenvolver teorias sobre o processo de aprendizagem e os meios de apoio a essa aprendizagem. “evolution of learning relevant social practices and even constructs such as identity and interest” (p. 10)

- São constituídas por uma natureza altamente intervencionista. Os estudos de design são geralmente bancos de ensaio para a inovação, investigando e estudando possibilidades de melhoria educacional, levando a novas formas de aprendizagem.

- Testam teorias durante o processo originando novas teorias. “…Design experiments always have two faces: prospective and reflective. On the prospective side, designs are implemented with a hypothesized learning process and the means of supporting it in mind in order to expose the details of that process to scrutiny… On the reflective side, design experiments are conjecture-driven tests, often at several levels of analysis.” (pág. 10).

- Contêm ciclos de iteração. Enquanto algumas hipóteses são geradas e muitas vezes contestadas, novas conjecturas são desenvolvidas e submetidas a testes. Resultando num processo de design interactivo que caracteriza os ciclos de invenção e de revisão.

- São pragmáticas. As teorias desenvolvidas durante o processo de experimentação são modestas, a teoria deve potenciar um trabalho real. Quando é planificada uma experiência de design é importante perguntar: “Does the theory informs prospective design and, if so, in precisely what way?” (p. 11).

Bom trabalho,

Referência Bibliográfica:

Cobb, P., Confrey, J., deSessa, A., Lehrer, R., & Schauble, L. (2003). Design experiments in educational research. Educational Researcher, 32(1), 9-13. Disponível em:http://www.aera.net/uploadedFiles/Journals_and_Publications/Journals/Educational_Researcher/3201/3201_Cobb.pdf, consultado a 16 de Fevereiro de 2011.

Participação individual no Fórum da Uc (2ª Participação)

Os autores referenciados no documento analisado, - “ Design Experiments in Educational Research (Cobb et al., 2003)”
http://www.aera.net/uploadedFiles/Journals_and_Publications/Journals/Educational_Researcher/3201/3201_Cobb.pdf, discutem o conceito de Design Experiments debruçando-se por um lado sobre a sua importância na pesquisa educacional e por outro lado, sobre a problemática relacionada com a implementação e análise à posterior de dados.

A metodologia do Design Experiments é cíclica, iteractiva e flexível, ou seja, as actividades são inicialmente elaboradas, mas quando aplicadas, devem ser adaptadas com base nos desenvolvimentos apresentados pelos estudantes. Constituíndo desta forma a uma natureza intervencionista e pragmática, uma vez que, na condução da “experiência”, princípios antigos podem ser rejeitados dando lugar à realização e testagem de novas hipóteses.
Desta forma, as interacções do pesquisador com os estudantes fundamentam-se no surgimento de novas questões, reflexões e actividades, uma vez que o cerne desta metodologia reside na análise do raciocínio, dos sujeitos e nas adaptações às suas trajectórias.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Tema 3 - A Análise de Dados (act. 5)

Actividade 5 - Debate final sobre a discussão de resultados numa investigação e a fiabilidade da investigação.

Questões a reflectir:
- cuidados a ter durante a realização da entrevista
- como ultrapassar entrevistados pouco cooperantes ou muito divergentes
- dificuldades em estabelecer/rever as categorias de análise
- como garantir que não estamos a sobrepor a nossa "voz" à dos entrevistados qd fazemos a análise


Participação individual no Fórum da Uc (1ª Participação)

Este comentário pretende iniciar o debate sobre o ponto “dificuldades em estabelecer/rever as categorias de análise” proposto pelo professor Luís Tinoca.

Segundo Robert Bogdan e Sari Bilken, a análise da documentação é ajustada em função das perspectivas e posições teóricas do investigador e pelas ideias que este partilha acerca do assunto. “Contudo, isto não implica que a análise surja exclusivamente a partir dos dados e não das perspectivas que o investigador possui. Pois são os valores sociais e as maneiras de dar sentido ao mundo que podem influenciar quais os processos, actividades, acontecimentos e perspectivas que os investigadores consideram suficientemente importantes para codificar.”

Desta forma, as diferentes perspectivas teóricas dos investigadores modelam a forma como abordam, consideram e dão sentido aos dados. “Ao desenvolver códigos procure as palavras e frases que os sujeitos utilizam e que não lhe sejam familiares, ou que são utilizadas de uma forma a que não está habituado. Este vocabulário especial pode indicar aspectos do meio que possam ser importante explorar. Se as frases não constituírem por si só categorias de codificação, destaque palavras específicas e tente agrupá-las dentro de um código genérico.”

Surge assim, a dificuldade acrescida em estabelecer categorias e sub-categorias consensuais entre diferentes investigadores, quando são analisados documentos comuns, traduzindo-se em codificações diferentes. “A sua primeira tentativa para atribuir as categorias de codificação aos dados é na realidade um teste da viabilidade das categorias que criou. As categorias de codificação podem ser modificadas, podem-se desenvolver novas categorias, e as categorias anteriores podem ser abandonadas durante este teste. É importante reconhecer que você não está a tentar arranjar o sistema de codificação certo, ou mesmo o melhor. O que está certo ou o que é melhor difere de acordo com os seus objectivos.”

Bibliografia

Bogdan, R; Biklen, S. (1994): Investigação Qualitativa em Educação. Porto: Porto Editora



Participação individual no Fórum da Uc (2ª Participação)

este comentário pretende enriquecer o debate relativo ao ponto já iniciado “ultrapassar entrevistados pouco cooperantes ou muito divergentes” proposto pelo professor Luís Tinoca.

Segundo Robert Bogdan e Sari Bilken, a maior parte das entrevistas começa com uma conversa banal, procurando encontrar um interesse uma oportunidade de forma a começar a construção de uma relação.

Relativamente ao primeiro tipo de entrevistados (pouco cooperantes) Robert Bogdan e Sari Bilken indicam que compete ao entrevistador criar um ambiente estimulante, quebrando a barreira inicial existente entre as posições assumidas. “As boas entrevistas caracterizam-se pelo facto dos sujeitos estarem à vontade e falarem livremente sobre os seus pontos de vista. As boas entrevistas produzem uma riqueza de dados, recheados de palavras que revelam a perspectiva dos respondentes. As transcrições estão repletas de detalhes e de exemplos.”

Deve-se igualmente encorajar e apoiar o entrevistado, quando este transparece insegurança e apreensividade. “Faça perguntas, não com o intuito de desafiar, mas sim de clarificar. Se não conseguir compreender, encare o defeito como seu. Assuma que o problema não reside na falta de sentido do que o sujeito está a dizer, mas que reside em si, que não conseguiu compreender. Volte atrás oiça e pense um pouco mais.”

“Pode explicar melhor? O entrevistador estimula também o entrevistado a ser específico, pedindo-lhe para ilustrar alguns dos aspectos que mencionou.”

A situação descrita anteriormente, é contrariada quando o entrevistado está tão à vontade que se torna divergente nas suas respostas, ocorrendo mais facilmente quando as entrevistas são abertas. O Entrevistador deve tentar conduzir as respostas do entrevistado, no sentido que o primeiro considera correcto, caso contrário o processo de transcrição e análise de dados torna-se uma árdua e desesperante tarefa.

“As boas entrevistas revelam paciência. Se não souber porque é que os sujeitos responderam de uma determinada maneira, terá de esperar para encontrar a explicação total. Os entrevistadores têm de ser detectives, reunindo partes das conversas, histórias pessoais e experiências, numa tentativa de compreender a perspectiva pessoal do sujeito.”

“Embora se possa aprender mais com umas entrevistas do que com outras, e embora não se possa usufruir da mesma intensidade com toda as pessoas entrevistadas, mesmo uma má entrevista pode proporcionar informação útil.”

Bibliografia

Bogdan, R; Biklen, S. (1994): Investigação Qualitativa em Educação. Porto: Porto Editora

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Tema 3 - A Análise de Dados (act. 4)

Actividade 4 - Revisão da grelha de análise da entrevista efectuada com base nos comentário da colega Anabela Isidoro.

Para a realização desta actividade segui as alterações propostas pela Anabela, redesenhando desta forma a análise da categoria, "Perfil Pessoal".

Tema 3 - A Análise de Dados (act. 3)

Actividade 3 - Análise Pessoal da Entrevista da colega Anabela Isidoro

A análise de conteúdo consiste num conjunto de “técnicas de análise das comunicações”, pois “não se trata de um instrumento, mas de um leque de apetrechos”, “não existe o pronto-a-vestir em análise de conteúdo, mas apenas algumas regras base” (Bardin, 1977).
Partindo do enquadramento teórico acima exposto, e à luz da minha interpretação, analisei o conteúdo de matriz realizado pela Anabela ressalvando que a minha opinião pode e deve ser discutida, face à minha inexperiência enquanto investigador.

Analisar o conteúdo de entrevistas exige alguma experiência, pois é necessário desvendar nos textos significados e opiniões escondidas. Espero que este esforço empregue na análise do trabalho da Anabela, possa constituir uma boa ajuda, podendo enriquecer assim o conteúdo do trabalho final.


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tema 2 - Métodos de recolha de dados - 5ª parte

São três as questões de investigação:

1) O que pensam esses professores sobre as redes sociais a exemplo do Facebook, Myspace, Hi5, Twitter, etc?
2) Como é que vêm a sua (hipotética/real) participação numa rede social?
3) Que expectativas têm sobre o seu uso no ensino?

Entrevista proposta pelo grupo Metódicos

Tema 2 - Métodos de recolha de dados


Participação individual na wiki de grupo (Metódicos)
Análise em equipa sobre a utilização do questionário como método de recolha de dados

1 - Métodos quantitativos
Os métodos quantitativos são utilizados nas ciências sociais no âmbito da investigação empírica. Permitem recolher e tratar os dados/ informação de forma mensurável. As tabelas, as estatísticas e os gráficos, são exemplos de instrumentos utilizados nestes métodos para a apresentação dos resultados.
A medição é uma característica da pesquisa quantitativa que possibilita a interacção entre o que é empírico e a “expressão matemática das relações quantitativas”.
Na educação utilizam-se os métodos quantitativos juntamente com os métodos qualitativos. Esta associação contribui para uma maior compreensão dos fenómenos estudados.
O questionário é um dos instrumentos muito utilizados na investigação em educação que contribui para a “expressão precisa de ideias qualitativas” (1).

2 O questionário: conceito e enquadramento
Para Fortin (1999) o questionário é “um método de recolha de dados, junto dos indivíduos sobre factos, ideias, comportamentos, preferências, sentimentos, expectativas e atitudes”.
Este método exige uma resposta por escrito a questões que são colocadas aos sujeitos. Normalmente é preenchido sem assistência.” É um instrumento de medida que traduz os objectivos de um estudo com variáveis mensuráveis” Fortin (1999).

Para Pardal & Correia (1995), o questionário é um conjunto de questões estruturadas com o fim de obter dados das pessoas a quem se dirige. O questionário pode ser de administração directa quando é o próprio inquirido a registar as opções de resposta e de administração indirecta, quando é o próprio investigador (ou inquiridor) que preenche em função das respostas dadas pelo respondente.
O conteúdo do questionário deve incidir no objectivo e nas questões de investigação delineadas e deve abordar apenas os dados necessários.

3 - Elaboração do questionário
Na elaboração do questionário deve ter-se em consideração as seguintes etapas:

· Delimitar a informação pertinente a escolher - objectivos a que se destina e a entidade que o promove, neste caso o investigador(es); determinação da finalidade do questionário; constituição de categorias; precisão dos temas e dimensão; a extensão deve ter em atenção o público alvo, geralmente o seu preenchimento não deve ultrapassar 45 minutos, sob pena de os inquiridos dispersarem a sua atenção e concentração;

· Formular as questões - escolher o tipo de questões (escolha fixa, de resposta livre, de facto ou de opinião, directas ou indirectas (associativas ou projectivas) podendo ser misto); têm de ser claras e compreendidas pelos inquiridos, o vocabulário usado deve ser do conhecimento do inquirido e dominado pelo mesmo, não podem ser enviesadas; devem ter apenas uma ideia e não devem sugerir respostas desejáveis; não se deve incluir apenas duas questões numa só (double-barrelled questions), pois pode levar a respostas induzidas ou nem sempre relevantes, além de não ser possível determinar qual das “questões” foi respondida, aquando o tratamento da informação; devem ter frases curtas, não conter palavras de duplo sentido, nem expressões negativas nem serem tendenciosas; não devem ter repetições; nas mais sensíveis, de natureza ideológica, religiosa, política e outras, deve escrever-se um parágrafo introdutório para preparar o inquirido da mudança de plano, para mais íntimo;

· Sequenciar as questões e formatar - devem ser sequenciais; considerar que a ordem pode ter influência para quem responde; agrupar as questões relativas ao mesmo tema; colocar no início questões de âmbito geral e que suscitam maior interesse e depois as específicas; os dados biográficos dos inquiridos podem ser registados no início ou no fim do questionário; as primeiras questões devem ser simples e objectivas evoluindo à medida do questionário para questões mais íntimas e mais complexas; colocar no final as questões de resposta aberta; a disposição das questões e a apresentação devem ser tomadas em consideração (o aspecto gráfico deve ser cuidado quanto à estrutura e forma);

· Rever o esboço do questionário - aplicar o guia de revisão das questões; submeter a apreciação critica;

· Efectuar o pré-teste - testar através de um pré-teste a eficácia e pertinência do questionário junto de uma amostra que reflicta a população visada, antes de se aplicar o questionário. O objectivo do pré-teste consiste em determinar e corrigir, omissões e equívocos do questionário;

· Redigir a introdução e instruções - indicar o objectivo, o tempo requerido, os autores da investigação e as instruções de preenchimento.


Resumindo, o investigador na elaboração do questionário deverá respeitar os seguintes pontos:
Princípio da Neutralidade (libertar o inquirido do referencial de juízos de valor ou do preconceito do próprio autor).
Princípio da Coerência (respostas coerentes com intenção da própria pergunta);

Princípio da Clareza (questões claras, concisas e unívocas);


4 - Tipos de questões
O questionário pode apresentar diversos níveis de estruturação: com questões fechadas em que o indivíduo é submetido a escolhas de respostas possíveis; e com questões abertas que possibilitam aos indivíduos darem as suas respostas.
4 .1 Questões fechadas
O inquirido apenas pode assinalar a resposta(s) perante as várias opções que lhe são apresentadas. Deste modo, o inquirido terá de identificar a resposta que pretende dar, dentro as opções facultadas.

Categorias :
• Questões de resposta única;
• Questões de resposta múltipla;
• Questões de escala.
As questões de resposta fechada têm a vantagem do tratamento dos resultados ser facilitado pela codificação e normalização da informação. A limitação de um questionário que apenas seja formado por questões fechadas é a pouca profundidade da informação.

4. 2 Questões abertas
Neste tipo de questões não há qualquer limitação às respostas a dar pelos inquiridos: estes respondem livremente à questão. O tratamento de informação é mais difícil, mas os dados obtidos são mais completos, uma vez que revelam os motivos da tomada de posição dos inquiridos.

4.3 Questões semiabertas
Numa questão semiaberta, estão envolvidas o tipo de resposta fechada e aberta, decorrentes de questões fechadas e questões abertas, respectivamente.


5 - Escalas
Através da utilização de escalas é possível medir aspectos como atitudes ou opiniões do público-alvo. Existem quatro tipos de escalas: de Likert , Visual Analogue Scales (VAS) , Numérica e de Guttman .
A escala de Likert é do tipo de resposta psicométrica e é a escala mais usada em pesquisas de opinião.

O formato típico de um item Likert é:

Não concordo totalmente
Não concordo parcialmente
Indiferente
Concordo parcialmente
Concordo totalmente
Visual Analogue Scales (VAS )

Este tipo de escala baseia-se numa linha horizontal com 10 cm:
A sua apreciação geral sobre o produto

Péssimo ____________________________X_____Excelente.

O inquirido deve responder à questão assinalando na linha a posição que corresponde à sua opinião.


A escala Numérica deriva da escala anterior na qual a linha se apresenta dividida em intervalos regulares:
PéssimoI ____I_____I_____I_____I_____I_____I Excelente
A escala de Guttman é formada por um conjunto de respostas que estão hierarquizadas. Deste modo se um inquirido concordar com uma das opções está a concordar com todas as que se encontram numa posição inferior na escala.


6 – Vantagens, desvantagens e limitações

Vantagens

· Proporciona o conhecimento de vários parâmetros de uma dada população;

· Possibilita quantificar uma multiplicidade de dados e proceder a numerosas análises de correlação;

· Garante o anonimato das respostas;

· Admite que os inquiridos respondam no momento que consideram mais oportuno;

· Possibilita uma maior sistematização dos resultados obtidos e facilidade de análise;

· Não é muito dispendioso;

· Não requer muita habilidade de quem o aplica;

· Possibilita uma “relação” impessoal;

· Tem uma apresentação uniformizada (ordem igual para todos os sujeitos, as mesmas instruções…);


Desvantagens

· Representatividade da população com a definição da amostra;

· Pode ter custos elevados;

· Indivíduo tratado como unidade estatística (perda das relações sociais entre os inquiridos);

· Pequena percentagem de questionários correctamente/completamente preenchidos; taxa elevada de dados em falta;

· Índice de devolução baixo; fraca taxa de respostas;

· Aplicação depende das habilitações literárias dos inquiridos;

· Dificuldade na concepção.


7 - Análise dos dados
Nesta fase procede-se à codificação das respostas, ao tratamento dos dados através da Análise_Quantitativa e/ou Análise_Qualitativa para de seguida se proceder à elaboração das conclusões.
Bibliografia
(1) A pesquisa quantitativa [online] . Disponível em: http://en.wikipedia.org/wiki/Quantitative_research e em http://en.wikipedia.org/wiki/Quantitative_method . Consultado em Novembro de 2010.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Question%C3%A1rio. Consultado em Novembro de 2010. Almeida, J. F.(1994). Introdução à Sociologia, Universidade Aberta, Lisboa.
Carmo, H. & Ferreira, M. (1998). Metodologia da Investigação - Guia para Auto-aprendizagem. Lisboa: Universidade Aberta.

Fortin, M. (1999), O processo de Investigação, Lusociência
Quivy, R.& Campenhoudt, L. (1992). Manual de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva.
Rojas, R. O. (2001), El Cuestionario; [online] Disponível em http://www.nodo50.org/sindpitagoras/Likert.htm (consultado em 2 de Abril)

Tema 2 - Métodos de recolha de dados



Participação individual no Fórum da Uc

Tema: Métodos quantitativos de recolha de dados (2ª participação)


Os objectivos da investigação quantitativa consistem basicamente em encontrar relações entre variáveis, fazer descrições recorrendo ao tratamento estatístico dos dados recolhidos e testar teorias. Os métodos quantitativos baseiam-se na utilização de instrumentos estruturados, estes fornecem respostas que podem ser quantificáveis e expressas numericamente. As tabelas, as estatísticas e os gráficos, são exemplos de instrumentos utilizados nestes métodos para a apresentação dos resultados. A sua principal vantagem reside na sua capacidade de agilização do processo de interpretação e análise, contudo requerem uma maior cobertura na sua aplicação.

Numa investigação existe frequentemente a necessidade de ter de construir instrumentos próprios para obter os dados que permitem responder às suas questões de investigação. Para tal utilizam-se: testes, questionários, guiões de entrevistas e grelhas de observação de comportamentos não verbais.

Apresento sucintamente alguns métodos de recolha de dados:
- Estudos por observação: podendo ser participante, não participante, estruturada ou não, antes de ser iniciada, precisa de uma verificação do lugar e reflexão sobre os fenómenos a serem registados. A amostra pode ser maior a baixo custo e podem ser estudados comportamentos não verbais.

- Análise de conteúdo de dados documentais : nesta técnica há que ter especial cuidado à acessibilidade e confidencialidade dos documentos, que poderá impedir o seu acesso. Estes documentos podem ser fontes oficiais, fotografias ou cartas ou obras já elaboradas como livros ou monografias.

- Entrevistas : quando feitas pessoalmente permitem uma adaptação e mudança em face do contexto. Podem também facilmente ser esclarecidas dúvidas. É necessário ter um plano para a entrevista para que no momento em que ela estiver a ser, realizada as informações necessárias não deixem de ser colhidas.

- Inquéritos: trata-se de um conjunto de questões pré-formuladas. Deve ser utilizado quando o investigador sabe exactamente de que informações precisa ou quando é utilizado um universo alargado de inqueridos. A informação é obtida facilmente e é facilmente codificada.

Questionário: é um instrumento de investigação basea-se geralmente na inquisição de um grupo representativo da população em estudo. Para tal, colocam-se uma série de questões que abrangem um tema de interesse para os investigadores, não havendo interacção directa entre estes e os inquiridos.

Bibliografia:
Bodgan. R., Biklen. S.(1994). Investigação Qualitativa em Educação – Uma Introdução À Teoria E Aos Métodos. Porto: Porto Editora.
Azevedo, Carlos et al (1998). Metodologia Científica: Contributos práticos para a elaboração de trabalhos académicos. Ed.C. Azevedo
http://en.wikipedia.org/wiki/Quantitative_research . Consultado a 18 de Novembro de 2010.
http://en.wikipedia.org/wiki/Quantitative_method . Consultado a 18 de Novembro de 2010.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inqu%C3%A9rito_estat%C3%ADstico. Consultado a 18 de Novembro de 2010.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Tema 2 - Métodos de recolha de dados

Participação individual no Fórum da Uc

Tema: Métodos quantitativos de recolha de dados (1ª participação)


Pegando na introdução da Margarida a um dos métodos quantitativos mais utilizado, o questionário, apresento algumas das suas vantagens e desvantagens.

Para Pardal & Correia (1995), o questionário é um conjunto de questões estruturadas com o fim de obter dados das pessoas a quem se dirige. O questionário pode ser de administração directa quando é o próprio inquirido a registar as opções de resposta e de administração indirecta, quando é o próprio investigador que preenche em função das respostas dadas pelo respondente.
«É muito fácil elaborar um questionário mas não é fácil elaborar um bom questionário» (Hill e Hill, 2000).

Vantagens:

- Sistematização;
- Maior simplicidade de análise;
- Maior rapidez na recolha e análise de dados: pode ser aplicado a um maior número de pessoas e em menos tempo;
- A análise pode ser automatizada;
- Permite que as pessoas respondam no momento que lhes pareça mais adequado;
- Garante o anonimato das respostas;
- Não expõe os investigados à influência do investigador.

Desvantagens:
- Dificuldades de concepção;
- Não é aplicável a toda a população: exclui, por exemplo, a participação de pessoas analfabetas;
- Indivíduo tratado como unidade estatística (perda das relações sociais entre os inquiridos);
- Impossibilidade de acrescentar dados suplementares;
- Impossibilidade de ajudar no caso de haver dúvidas por parte do inquirido;
- Não oferece garantia de que a os inquiridos o devolvam totalmente preenchido;


Bibliografia:
Bodgan. R., Biklen. S.(1994). Investigação Qualitativa em Educação – Uma Introdução À Teoria E Aos Métodos. Porto: Porto Editora.
Azevedo, Carlos et al (1998). Metodologia Científica: Contributos práticos para a elaboração de trabalhos académicos. Ed.C. Azevedo
http://en.wikipedia.org/wiki/Quantitative_research . Consultado a 18 Novembro de 2010.
http://en.wikipedia.org/wiki/Quantitative_method . Consultado a 18 Novembro de 2010.

Tema 2 - Métodos de recolha de dados

Participação individual no Fórum da Uc

Análise da dissertação (Neto, C. (2006). O papel da internet no processo de construção do conhecimento) com a utilização do questionário


1- A autora apresenta claramente os objectivos de investigação que presidiram à elaboração do questionário?
A autora apresenta distintamente os objectivos do estudo. Na página 13, são mencionados os objectivos gerais e nas páginas 64 e 65, são explicados os objectivos do estudo. No entanto não consta no estudo a indicação das etapas inerentes à elaboração do questionário.

2- Na dissertação apresentada há indicação dos passos que estiveram subjacentes à construção do questionário?
Não é definido explicitamente, a relação/ cruzamento entre cada item do questionário e os objectivos visados. A informação fornecida remete-nos apenas para o tipo de questionários a aplicar, constituídos por perguntas fechadas e por questões de escolha múltipla, (página 66).

3- A amostra é claramente identificada?
A amostra resulta de uma população constituída por dois grupos de sujeitos: alunos do 3º CEB (350 inquéritos aplicados) e professores (110 inqueridos aplicados), sendo também referido a área de estudo/ investigação (escolas da DREN, do distrito do Porto e Bragança). Desta forma considero que a amostra é claramente identificada, como se verifica no ponto 3 (páginas 65 e 66).

4- É indicado o método usado na definição da amostra?
Sim. "O critério de selecção das escolas foi a existência de professores aí colocados que mostraram interesse em colaborar na aplicação dos inquéritos junto dos alunos e colegas, bem como a presença de computadores ligados à Internet para uso dos alunos" (pág. 65). A autora define uma amostra não probabilística de conveniência, fazendo a selecção com base em critérios próprios relacionados com a investigação.

5- O questionário usado foi objecto de validação prévia?
O objectivo do pré-teste consiste em determinar e corrigir, omissões e equívocos do questionário. Deve-se testar através de um pré-teste a eficácia e pertinência do questionário junto de uma amostra que reflicta a população visada, antes de se aplicar o questionário.
Existiu uma validação prévia, como consta na página 66 (foi elaborada uma primeira versão e submetida à apreciação de 20 alunos e 10 professores), desse trabalho resultaram algumas reformulações na redacção das questões.

6- No capítulo da explicitação da metodologia usada há indicações sobre o modo de tratamento dos dados obtidos com a aplicação do questionário?
A investigadora informa na sua tese (página 67), como procedeu ao tratamento dos dados. "os dados foram tratados e analisados tendo em vista os objectivos de investigação previamente definidos. Para análise estatística recorreu-se ao programa de computador Excel, sendo os resultados apresentados, sempre que útil, na sua perspectiva percentual".

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Tema 1 - Reflexão final

Definição do problema, paradigmas educacionais, metodologia da investigação, revisão da literatura, técnicas e instrumentos de recolha de dados, hipóteses, discussão entre outros, são termos que apesar de familiares revestem-se neste momento de um entendimento e importância acrescida para o sucesso de uma investigação. Para esta clarificação de ideias e noção das diferentes fases do processo que constituem a investigação, contribuíram fortemente todas as discussões assíncronas e síncronas tidas no fórum, pesquisas efectuadas e os dados/ conceitos apresentados na presente unidade curricular.

Segundo BOGDAN, R. & BIKLEN, o investigador não deve procurar o estudo perfeito, pelo contrário deve focar-se num ponto simples “ser prático, escolher um assunto cuja extensão e dificuldade lhe pareçam razoáveis a fim de que este possa ser concluído com as fontes existentes e dentro do prazo previsto. Ter em consideração as capacidades do investigador que estão em desenvolvimento. Encontrar informação sólida e concreta e não artigos de áreas muito abrangentes. Não escolher um assunto onde esteja pessoalmente envolvido.”
De forma a descrever ou interpretar a realidade correctamente o processo investigativo exige-nos um sólido conhecimento dos diferentes métodos e técnicas de recolha de dados existentes. É também necessário conhecer as vantagens e desvantagens verificadas em cada um dos paradigmas da investigação existentes. Através destes conhecimentos é possível realizar uma investigação em educação coerente e com resultados positivos

Após a realização das diferentes actividades e das ponderações efectuadas acerca do processo de investigação neste “Tema 1”, concluo, que para além do processo investigativo, esta unidade curricular potencia a reflexão em investigação educacional.

Tema 1 - Contribuição pessoal marcador social - Fontes


http://www.delicious.com/fontesmcem/

Como Fazer uma Dissertação de Mestrado
Curso prático organizado por Carlos Ceia (Universidade Nova de Lisboa)
http://www2.fcsh.unl.pt/docentes/cceia/tese.htm

Metodologia da pesquisa Científica
Metodologia da pesquisa Científica (síntese em formato de apresentação)
http://www.ensp.unl.pt/saboga/investiga/investiga_5net_texto.pdf

Tema 1 - Fluxograma da equipa

Fases do processo de investigação - Fluxograma proposto pela equipa Metódicos